O Parque Nacional do Zinave, no distrito de Mabote, em Inhambane, recebeu 37 elefantes que se juntam a outros 200, residentes no parque. Os elefantes atraem turistas, mas também furtivos e, por isso, o controlo precisa de ser reforçado.

Foi naquela reserva que “O País” conheceu Sansão Eduardo, Inspetor Florestal que protege os recursos florestais há mais de 25 anos. Hoje é Coordenador de Fiscalização da PNZ.

Sansão Eduardo, Chefe de Fiscalização do Zinave, que protege os recursos florestais há mais de 25 anos, diz que já enfrentou vários caçadores furtivos e lembra de um episódio em que ele e sua equipe se depararam com caçadores furtivos que, confrontados, largaram as armas e, assim, foi possível sua captura.

Do topo de uma viatura apropriada, Maida Mulungo acompanhava a chegada dos elefantes, que terá de monitorar a partir da sala de operações do Parque, onde trabalha todos os dias.

Na verdade, Maida tem a missão de monitorar a movimentação dos animais pelo parque, bem como controlar a entrada e saída de pessoas, inclusive turistas e furtivos. Ela conta que diversas vezes teve que acordar no meio da noite para ajudar os colegas de campo.

Os esforços de homens e mulheres do Zinave, como Sansão e Maida, resultaram na neutralização de várias tentativas de caça furtiva naquela área de conservação.

Segundo o Administrador do Parque Nacional do Zinave, António Abacar, de 2017 até à data, foram apreendidos no Parque 31.044 cabos de aço utilizados para caçar animais, 1.060 arcos de caça, 287 armas de fogo caseiras e capturados 179 caçadores furtivos.

Os elefantes que chegaram a Zinave vieram do Parque Nacional de Maputo, distrito de Matutuíne, na província de Maputo.

A operação de captura e translocação de elefantes é coordenada pela ANAC e pela Peace Parks Foundation e financiada pela Família Nunley (do Texas, Estados Unidos da América), através das organizações “Ivan Carter Conservation Wildlife Alliance”, “Aspinall Foundation”, “Wildlife Emergency Fund”.

A componente técnica da operação de translocação é liderada pela Associação Moçambicana para a Conservação da Fauna (MWA) que recebe o apoio da Organização Saving the Survivors, com sede em Londres.

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